Histórico Médico de Jair Bolsonaro
Em 6 de setembro de 2018, um evento traumático mudou a trajetória de Jair Bolsonaro. O então candidato à presidência foi esfaqueado em Juiz de Fora, o que exigiu uma cirurgia de emergência para reparar lesões nos intestinos delgado e grosso. Essa intervenção deu início a um ciclo de complicações que se estenderiam por anos.
Poucos dias depois, no dia 12 de setembro de 2018, Bolsonaro passou por sua segunda cirurgia em São Paulo. Essa nova operação teve como objetivo tratar uma obstrução intestinal, consequência direta do atentado durante a campanha presidencial. Esse foi apenas o começo de um longo período de cuidados médicos.
Em 28 de janeiro de 2019, já em seu mandato como presidente, Bolsonaro enfrentou mais um desafio: a remoção da bolsa de colostomia, um dispositivo que ele utilizava desde as intervenções iniciais. Essa etapa foi fundamental para sua recuperação intestinal e marcou um passo importante em sua jornada de saúde.
O dia 8 de setembro de 2019 trouxe à tona uma nova complicação. O ex-presidente passou por uma quarta cirurgia, dessa vez para corrigir uma hérnia incisional, que se formou na área da cicatriz abdominal, uma ocorrência comum após múltiplas cirurgias. Esses problemas de saúde se tornaram uma constante em sua vida.
Entre 2021 e 2022, Bolsonaro enfrentou internações frequentes devido a novas obstruções intestinais. Em vez de intervenções cirúrgicas, os médicos optaram por tratamentos conservadores, proporcionando uma breve pausa em sua rotina de operações. Contudo, o quadro de saúde do ex-presidente continuava a preocupar.
No dia 11 de setembro de 2023, Bolsonaro realizou dois procedimentos cirúrgicos em um único dia. A primeira intervenção foi para corrigir uma hérnia de hiato, visando tratar o refluxo gástrico, e a segunda foi uma cirurgia de desvio de septo, que tinha como objetivo melhorar sua respiração. Essas cirurgias foram mais uma prova de sua saúde fragilizada, que exigia constantes cuidados.
Em 2024, o ex-presidente necessitou de internação devido a um quadro de erisipela, uma infecção cutânea bacteriana que requer tratamento cuidadoso e o uso de medicações específicas. Essa condição representou mais um ponto crítico em sua saúde, demandando atenção médica e monitoramento constante.
O ano de 2025 trouxe novos desafios. No dia 13 de abril, após relatar dores abdominais, Bolsonaro passou por uma complexa cirurgia que durou 12 horas. O procedimento focou na liberação de aderências intestinais e na reconstrução da parede abdominal, evidenciando a gravidade de seu estado de saúde.
Em 14 de setembro de 2025, ele se submeteu a uma nova intervenção para remover oito lesões cutâneas. Infelizmente, o laudo médico revelou a presença de carcinoma em duas dessas amostras, um diagnóstico preocupante que trouxe à tona a necessidade de acompanhamento oncológico.
Entre os meses de outubro e novembro de 2025, Bolsonaro apresentou um quadro de saúde instável, alternando entre crises de soluços e a necessidade de medicação contínua. Mesmo sob prisão domiciliar, ele procurava manter uma rotina de exercícios e uma dieta balanceada, tentando estabilizar sua condição.
Por fim, uma nova cirurgia foi agendada para o dia 25 de dezembro de 2025, marcando a oitava operação desde o atentado que mudou sua vida. O foco dessa intervenção era a correção de duas hérnias inguinais, que foram identificadas após uma piora clínica e a perícia médica realizada pela Polícia Federal. A saúde de Jair Bolsonaro continua a ser uma preocupação central, com um histórico de intervenções médicas que ilustram os desafios enfrentados ao longo de sua trajetória.
