Medidas de Contenção em Cuiabá
Na última terça-feira, 23 de dezembro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou a detecção do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma propriedade rural com aves domésticas de subsistência localizada em Cuiabá, Mato Grosso. A confirmação foi realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), que é referência em análises laboratoriais e está situado em Campinas, São Paulo.
Em resposta a essa situação, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) está implementando uma série de medidas rigorosas para conter a propagação do vírus. As ações incluem a instalação de uma barreira sanitária na propriedade afetada, que visa restringir a circulação de animais, materiais e equipamentos que possam estar contaminados.
Além disso, será realizado o abate sanitário de todas as aves presentes no local, como uma forma de evitar que o vírus se espalhe ainda mais. As aves sacrificadas serão enterradas em valas, garantindo que não haja risco de contaminação do solo. Para assegurar a eficácia destas medidas, as instalações onde as aves infectadas estavam alojadas passarão por limpeza e desinfecção completas.
A vigilância não se restringe apenas à propriedade afetada; o Indea também está intensificando o monitoramento em um raio de três quilômetros ao redor da área (zona perifocal), além de uma zona de vigilância que abrange até dez quilômetros. Essa estratégia é fundamental para garantir que não haja novos focos da doença.
Para coordenar essas atividades, cerca de 30 servidores do Indea estarão presentes na propriedade em regime de plantão, trabalhando em parceria com representantes do Mapa e policiais militares. A colaboração com as forças de segurança é essencial para controlar a circulação de pessoas e equipamentos na região, minimizando os riscos de uma possível disseminação do vírus.
O Indea reforçou que não há evidências que indiquem risco à saúde humana oriundo do consumo de carne de frango ou ovos provenientes de aves infectadas. Segundo as autoridades, os alimentos podem ser consumidos com total segurança, e a presença do vírus nesta propriedade rural específica não deve impactar a atividade avícola em Mato Grosso como um todo.
