Crescimento econômico de Rondonópolis em 2023
A cidade de Rondonópolis reafirmou sua posição como a segunda maior economia do estado de Mato Grosso, ficando atrás apenas da capital, Cuiabá. Essa confirmação veio com a publicação dos dados do PIB dos Municípios referentes ao período de 2022-2023, realizada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB é um indicativo da riqueza gerada em uma localidade ao longo do tempo.
Segundo as informações mais recentes, o PIB de Rondonópolis alcançou a impressionante marca de R$ 16,568 bilhões em 2023, evidenciando um avanço se comparado aos R$ 15,869 bilhões registrados em 2022. No entanto, é importante notar que este valor representou uma queda em relação ao pico de R$ 17,3 bilhões observado em 2021. O PIB per capita do município também foi significativo, estipulado em R$ 67.650,08 para este ano.
Comparando com outros municípios de Mato Grosso, Cuiabá se mantém na liderança, apresentando um PIB de R$ 39,5 bilhões em 2023. Em sequência, Várzea Grande ocupa a terceira posição com R$ 13,9 bilhões, enquanto Sorriso e Sinop registram PIBs de R$ 13,7 bilhões e R$ 11,7 bilhões, respectivamente. Esses números são fundamentais para compreender a dinâmica econômica do estado.
Rondonópolis no contexto regional e nacional
Em termos de economia na região Centro-Oeste, Rondonópolis se posiciona como a nona maior, tendo que enfrentar concorrência de cidades como Brasília, que lidera com R$ 365,6 bilhões, e Goiânia, com R$ 75,7 bilhões. A lista ainda inclui Campo Grande, Cuiabá, e outras cidades que possuem PIBs robustos, refletindo a diversidade econômica da região.
Além disso, o IBGE também destacou que a pesquisa abrange informações detalhadas sobre o PIB a preços de mercado e o PIB per capita de todos os 5.570 municípios do Brasil. Embora a divulgação de dados sobre as atividades econômicas tenha sido suspensa temporariamente, a expectativa é de que essas informações voltem a ser disponibilizadas em 2027.
Exportações e o papel da pecuária na economia mato-grossense
Em um cenário econômico mais amplo, Mato Grosso se destacou em novembro com o maior volume de exportação de carne bovina já registrado no estado. Foram 112,8 mil toneladas enviadas ao mercado internacional somente no último mês — um marco histórico. No total, de janeiro a novembro, o estado ultrapassou todas as marcas anteriores, atingindo 867,7 mil toneladas, o que representa um crescimento de 23,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os números de novembro deste ano superaram até mesmo a carne bovina exportada em 2024, quando foram vendidos 759,3 mil toneladas. Essas estatísticas reafirmam a posição de Mato Grosso como o maior exportador brasileiro de carne bovina e um dos principais fornecedores a nível global.
Bruno de Jesus Andrade, diretor de Projetos do Instituto Mato-grossense da Carne (IMAC), comentou sobre o desempenho do setor: “Esses números mostram a força da pecuária mato-grossense no cenário internacional. Estamos exportando uma carne cada vez mais competitiva e sustentável, alinhada às exigências dos principais mercados do mundo.” Essa afirmação ressalta a qualidade e a responsabilidade do setor em se adaptar às demandas globais.
Mercados em expansão e perspectivas futuras
De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), os resultados expressivos nas exportações foram impulsionados principalmente pelo aumento das vendas para a China, que continua sendo o principal destino, respondendo por 54,8% de toda a carne bovina exportada por Mato Grosso em 2025. O país asiático demonstra uma forte demanda por proteína de alta qualidade, o que favorece ainda mais a competitividade do estado.
Além da China, outros mercados, como Rússia e Chile, também ampliaram suas compras ao longo do ano, refletindo a crescente competitividade da carne mato-grossense. Bruno Andrade complementou: “Quando vemos países como China, Rússia e Chile aumentando suas compras, significa que a carne mato-grossense está se destacando pela qualidade e sustentabilidade.” Essa situação não só reforça a importância econômica da pecuária para Mato Grosso, mas também proporciona um superávit significativo na balança comercial brasileira.
