Transformação e Modernização na Justiça
O Poder Judiciário de Mato Grosso lançou, nos primeiros três meses do biênio 2025/2026, o “Plano de Arrancada”, uma iniciativa voltada para modernizar a gestão e aprimorar a celeridade processual. Sob a liderança do desembargador José Zuquim Nogueira, o projeto, que ocorreu entre 3 de fevereiro e 5 de maio de 2025, visou resultados imediatos, com um foco claro na melhoria do serviço prestado à população.
Um dos grandes diferenciais da execução do plano foi o monitoramento contínuo através de um Painel de Business Intelligence (BI). Esta ferramenta, desenvolvida em conjunto com a Coordenadoria de Tecnologia da Informação, permitiu o controle rigoroso dos prazos e a análise do andamento das ações, resultando em uma taxa de conclusão de 97% das iniciativas planejadas.
Avanços Tecnológicos e Processuais
Entre os principais avanços promovidos pelo Plano de Arrancada, destacam-se melhorias tecnológicas que impactaram diretamente a rotina das unidades judiciais. A implementação de painéis de gestão, automação de notificações e documentos, além da otimização de formulários com o auxílio de Inteligência Artificial, foram algumas das medidas que contribuíram para um atendimento mais ágil e organizado. O Balcão Virtual, por exemplo, foi amplificado, facilitando o acesso aos serviços judiciais e promovendo uma maior interação com o cidadão.
No que tange à governança institucional, o plano proporcionou maior alinhamento entre metas e indicadores estratégicos, garantindo assim a conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e outros padrões internacionais, como a ISO 31000. Os resultados obtidos incluem a redução de riscos, o fortalecimento da governança e o incremento da segurança institucional, elementos essenciais para a confiança pública.
Inovação e Sustentabilidade no Judiciário
A área de inovação também se destacou, com o aumento do uso da ferramenta LexIA e a implementação de projetos como o Ilustris 2.0, que possibilita a baixa processual em tempo real. Além disso, o sistema agora também aceita pagamentos de diligências via PIX e modernizou a emissão de Guias DCA. Outra ação relevante foi a realização de uma pesquisa institucional sobre a utilização de Inteligência Artificial, além da organização de um Encontro Regional de Laboratórios de IA.
Essas inovações resultaram em uma significativa redução do tempo de tramitação de processos e um aumento superior a 100% na produtividade dos gabinetes. A diminuição de 41,5% no tempo para elaboração de minutas de voto e a eliminação de tarefas repetitivas foram marcos que consolidaram uma cultura de inovação no Judiciário de Mato Grosso.
Compromisso Social e Parcerias Comunitárias
Na esfera da sustentabilidade, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso avançou com projetos de compensação de gases de efeito estufa e implementou o Plano Logístico Sustentável (PLS) em diversas comarcas. A introdução do módulo de Aceite Eletrônico contribui para a redução das emissões de carbono, ajudando na meta de diminuir em até 70% o consumo de papel até 2026.
Além das melhorias administrativas, uma cerimônia emocionou a comunidade mato-grossense ao entregar recursos arrecadados por meio de transações penais a instituições sociais. O Juizado Especial Criminal de Cuiabá destinou R$ 720 mil a dez entidades, incluindo a Associação Obras Sociais Seara de Luz, que há 25 anos apoia famílias em situação de vulnerabilidade.
A associação, que atende entre 3.500 a 4.000 pessoas, realiza diversas ações sociais, incluindo uma creche e um instituto de longa permanência para idosos. Segundo a presidente Elione Santos, a ajuda do Judiciário é crucial não apenas pelo apoio financeiro, mas também pelo fortalecimento do trabalho social realizado. “O Judiciário é um divisor de águas dentro da nossa instituição”, afirma Santos, destacando a importância da parceria.
Histórias de superação, como a de Allyne Braga, uma jovem que, a partir da escolinha de futebol da associação, conquistou a convocação para a Seleção Brasileira Sub-17, são exemplos do impacto positivo do trabalho social. Essas narrativas mostram que, além de atender necessidades imediatas, o Judiciário e a sociedade civil podem construir juntos um futuro mais justo e igualitário.
